Dr. Yuri Santos Rosa

Depressão

A depressão é uma doença que cada vez mais vem ganhando visibilidade e sendo conhecida pela população. A depressão atinge milhões de pessoas em todo o mundo. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 264 milhões de pessoas de todas as idades sofrem com esse transtorno.

O que é a Depressão?

A depressão é um transtorno de humor, é considerado uma das doenças mentais mais comuns e debilitantes. É caracterizada por graves distúrbios de humor que vão muito além da tristeza normal do dia a dia e permeiam todos os aspectos da vida de um indivíduo, afetando a capacidade de trabalhar, estudar, comer e dormir normalmente. Esta perturbação do humor afeta indivíduos de todas as idades, gêneros e origens socioeconômicas.

A origem da depressão é frequentemente descrita como uma interação complexa de fatores genéticos, biológicos e ambientais, sugerindo que não existe uma causa única, mas sim uma rede de influências que contribuem para o seu desenvolvimento. Além disso, a depressão muitas vezes coexiste, piora e é agravada por outras condições, complicando ainda mais o seu manejo clínico.

As manifestações clínicas da depressão são diversas e requerem uma abordagem de tratamento igualmente diversificada, que pode incluir medicamentos, psicoterapia e, em alguns casos, tratamentos mais invasivos, como terapia eletroconvulsiva. A eficácia destas intervenções está bem documentada, no entanto, a resposta ao tratamento é altamente individualizada e alguns pacientes podem não responder às terapias tradicionais.

Quais os sintomas de DEPRESSÃO?

  1. Tristeza persistente – Sentimentos persistentes de tristeza, vazio ou desesperança que não desaparecem.
  2. Perda de interesse – Redução do interesse ou prazer em todas ou quase todas as atividades diárias.
  3. Mudanças no apetite e no peso – Uma diminuição significativa no apetite ou um aumento no desejo por comida geralmente resulta em mudanças significativas no peso.
  4. Alterações de sono – Insônia (dificuldade para dormir) ou hipersonia (dormir excessivamente).
  5. Fadiga ou perda de energia – Sentir-se cansado quase todos os dias, mesmo quando não está realizando atividades fisicamente exigentes.
  6. Sentimentos de inutilidade ou culpa excessiva – Sentimentos recorrentes de autocrítica, inutilidade ou culpa excessiva.
  7. Dificuldade de concentração – Problemas para se concentrar, lembrar detalhes ou tomar decisões.
  8. Pensamentos de morte ou suicídio – Pensamentos recorrentes de morte, pensamentos suicidas sem plano específico, tentativas de suicídio ou planos específicos para cometer suicídio.

Quando procurar atendimento psiquiátrico?

É importante reconhecer os sinais e sintomas da depressão e compreender que se trata de uma doença grave que requer cuidados profissionais adequados. Se você ou alguém que você conhece apresentar ou continuar apresentando sintomas de depressão, o primeiro passo é consultar um psiquiatra ou outro especialista em saúde mental. Lembre-se de que a depressão não envolve apenas lutar contra a tristeza; Esta é uma doença que requer compreensão, tratamento médico e apoio. Com a abordagem e o tratamento corretos, a maioria das pessoas com depressão pode melhorar significativamente. O segredo é procurar ajuda o mais rápido possível para iniciar o caminho da recuperação e da melhoria da saúde mental.

psiquiatra

Quais são os tratamentos para depressão?

Os tratamentos para a depressão variam e devem ser individualizados de acordo com as necessidades e circunstâncias de cada paciente. As abordagens mais comuns incluem psicoterapia, medicamentos e, em alguns casos, tratamentos mais específicos. Aqui está um resumo dos tratamentos mais comuns para a depressão:

  1. Medicamentos Antidepressivos:
    • Inibidores Seletivos de Receptação da Serotonina (ISRS)
    • Inibidores de Receptação de Serotonina e Noradrenalina (IRSN)
    • Antidepressivos tricíclicos e inibidores da monoaminoxidase (IMAO)
  2. Terapia Psicológica:
    • Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC): ajuda a modificar padrões de pensamento e comportamento negativos e desenvolver estratégias de enfrentamento mais saudáveis.
    • Terapia Interpessoal: foca nas relações pessoais do paciente e na melhoria das habilidades sociais.
  3. Terapias de Estimulação Cerebral:
    • Estimulação Magnética Transcraniana (EMT): um procedimento não invasivo que usa campos magnéticos para estimular pequenas regiões do cérebro.
    • Terapia Eletroconvulsiva (TEC): utilizada principalmente em casos severos de depressão, quando outros tratamentos não foram eficazes. Este tratamento é realizado sob anestesia geral e envolve correntes elétricas breves no cérebro para desencadear uma breve convulsão.
  4. Estilos de Vida e Remédios Naturais:
    • Mudanças no estilo de vida, como exercícios físicos regulares, dieta balanceada, sono adequado e manejo do estresse, podem ter um impacto significativo no tratamento da depressão.

É fundamental que qualquer tratamento tenha a supervisão de um médico psiquiatra ou outro especialista em saúde mental, e que os pacientes não tentem se auto-medicar. A escolha do tratamento depende de vários fatores, incluindo numero e gravidade de sintomas, outras doenças que o paciente tenha, resposta a tratamentos prévios, perfil de idade e preferências do paciente. Dialogar abertamente com um médico pode ajudar a encontrar a estratégia mais eficaz e confortável para cada caso. É fundamental uma relação de confiança entre paciente e médico.

links para complementar:

https://www.paho.org/pt/topicos/depressao

https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/d/depressao

Texto sobre ansiedade: Compreendendo a Ansiedade

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